O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB), apresentou nesta semana, na Assembleia Legislativa (Alesc), um projeto de lei que propõe a ampliação de informações sobre a doação de medula óssea em Santa Catarina. A proposição visa assegurar a fixação de sinalização por meio de faixas, cartazes ou faixas informativas sobre o tema, em todos os ambientes de recepção dos hemocentros da Hemorrede do Estado.
O transplante de medula óssea serve para tratar cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias, sendo a dificuldade de encontrar doadores compatíveis um dos fatores que mais prejudica os pacientes que necessitam de medula óssea. As chances são, em média, de 1 a cada 100 mil pessoas, de se encontrar um doador compatível.
“Doar medula óssea é uma atitude de solidariedade e pode salvar a vida de muitas pessoas que sofrem de enfermidades como leucemia, linfomas e outras doenças. Mas, infelizmente, muitas pessoas, por desconhecimento, dúvidas e tabus sobre os procedimentos, ou até mesmo por não saberem da existência desta forma de ajudar, acabam não doando. E quanto mais pessoas souberem e se disponibilizarem a doar, mais chances um paciente terá de encontrar o seu doador compatível”, defende Lunelli.
A proposta passará pelas comissões e depois seguirá para o plenário.
O que é medula óssea
A medula óssea, conhecida como tutano, é um tecido líquido-gelatinoso localizado dentro dos ossos, responsável por fabricar todos os elementos do nosso sangue. É na medula óssea que nascem as células-tronco hematopoiéticas que, na maturidade, passam por processo de diferenciação, tornando-se glóbulos brancos (que combatem infecções), vermelhos (que carregam o oxigênio), e plaquetas (que ajudam na coagulação). Aí, sim, estarão preparadas para serem lançadas na corrente sanguínea.