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Solidariedade para superar crises

s fortes chuvas que assolam o nosso estado vizinho, Rio Grande, do Sul nos últimos dias já computam um saldo irreparável de perdas. Vidas foram levadas, animais de estimação foram perdidos e bens que levaram uma vida inteira para serem adquiridos já não existem mais. Cerca de 85% do estado foi impactado pelas águas.

E diante de um cenário de destruição, acompanhamos um outro fenômeno que emergiu e chama atenção: o poder e impacto da solidariedade coletiva na restauração da sonhada normalidade. Empresas, instituições e voluntários de todo o país se uniram em um conglomerado da sociedade civil para resgatar, alimentar e curar as pessoas atingidas pelas cheias, através de doação de recursos, itens, tempo e expertise profissional.

Ao vermos esta mobilização, não tem como não pensar no poder da solidariedade coletiva na recuperação das catástrofes. Fica evidente o que já sabemos há tempos: o poder público, sozinho, não obteria êxito, no momento necessário, para salvar e ajudar a todos que precisam o mais rápido possível. Infelizmente, a alta burocracia impede, até mesmo, o socorro em tempos de crise.

Em paralelo, também vemos emergir a nocividade da polarização política. Diversos lados se apropriam de narrativas para fortalecer as suas pautas nas redes sociais, alastrando e ampliando ainda mais os danos e afastando a atenção daqueles que mais precisam de mobilização. Sem contar o aumento da violência, causado por indivíduos que se aproveitam do momento de vulnerabilidade social para cometer furtos e saques, revelando total falta de humanidade.

E isso se deve ao caráter singular das crises: elas são oportunidades, tanto para o bem, quanto para o mal. Nesse quesito, importa, de fato, de que lado estamos. As crises são vetores de grandes transformações e trazem grandes revelações.

Momentos de tragédias como esse que o Sul do país vive, forjam líderes, revelam quem só faz barulho ao invés de trabalhar, e dão luz às trajetórias dos indivíduos e grupos que realmente fazem a diferença para transformar o mundo.

Tudo isso nos faz pensar sobre o sentido da vida, sobre propósitos, sobre missão. Vivemos em sociedade e o bem estar do meu vizinho importa tanto quanto o meu. Sejam nos momentos de paz ou de crise, o mérito da questão não é “sobre mim”, é “sobre nós”.

Precisamos cada vez mais de uma sociedade mais politizada, mas também virtuosa, com valores sólidos, pensamento coletivo, visão ampla e empatia. O lado certo é estar ao lado de quem precisa!

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