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O velho – e preocupante – filme da Petrobras

O passado recente mostra a todos nós o quanto é perigoso termos a maior empresa pública do Brasil à mercê de interesses políticos. Desvio de bilhões de reais, decisões nada técnicas que prejudicam a empresa e os acionistas, e incertezas que desvalorizam a marca.

E, agora, no presente, novamente o PT e o presidente Lula agem para assumir o total controle da Petrobras. Assim, podem mandar e desmandar na política de preços, na distribuição de dividendos extraordinários, na composição do conselho administrativo e, sobretudo, nas decisões sobre os investimentos.

Vimos nesta semana a oitava mudança na presidência da empresa em oito anos. Na iniciativa privada, não há negócio que sobreviva assim. E a Petrobras só não entrou em falência até agora por uma única razão: é salva o tempo todo pelo dinheiro que o Estado brasileiro extorque dos cidadãos na forma de impostos.

A estratégia errada de Lula 3 para a Petrobras é a mesma de sempre, não tem novidade. É dizer que a companhia precisa atender a obrigações sociais. Precisa gerar empregos e, para isso, precisa sair gastando o máximo possível para garantir o crescimento da economia. Mas o que existe de realmente indiscutível nesses negócios é que todos eles dão errado para a Petrobras e, consequentemente, para o povo brasileiro que paga a conta. Esse tipo de gestão tem sempre o mesmo resultado: prejuízo.

O governo federal quer que a Petrobras faça pesados investimentos em navios petroleiros, em sondas de exploração e fertilizantes. E ainda pretende fazer mais refinarias como as trágicas Pasadena e Abreu e Lima. Na prática, isso quer dizer contratos bilionários com empreiteiras. Isso foi feito antes — e com o pior resultado possível.

Os fantasmas dos dois primeiros governos de Lula e do um e meio de Dilma Rousseff assombram o país novamente. Já vimos esse filme e sabemos como terminou. Com a mão pesada política, a Petrobras foi parar nas manchetes de corrupção, no fundo do poço contábil, econômico, de credibilidade, e de imagem internacional.

Só neste ano, a Petrobras perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado. Um dia após a demissão de Prates, a empresa perdeu 34 bilhões de reais em valor de mercado. É o passado assombrando o caminho do futuro porque o governo Lula insiste em usar a petrolífera para fazer política e negociatas, quando deveria apenas usufruir, como maior acionista que é, dos retornos financeiros que a empresa costuma trazer. Com uma gestão eficiente e séria, a empresa, sem dúvida, seria modelo para o mundo, mas, infelizmente, não é isso que está acontecendo.

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